Sono tranquilo e aconchegante, após uma xícara de ….

Antes de falar em sono, precisamos lembrar que chás são apenas aqueles que contêm a planta Camellia sinensis, qualquer outro será chamado de infusão ou tisana! Combinado?!

 

Neste artigo iremos falar sobre o Rooibos, cujo nome científico é Aspalathus linearis, é um arbusto da classe das leguminosas e que possui folhas em forma de mini agulhas (espetinhos), é nativo das encostas das montanhas da África do Sul, cultivado exclusivamente na região montanhosa de Cederberg.

 

No período pré colonial (século XVIII), os indígenas das tribos Khoikhoi e San, cultivavam rooibos. Mas nesta época, não sabemos se era esse nome mesmo que a planta recebia, então não se tem relatos exatos do consumo de rooibos, não sabemos se era utilizado como bebida ou medicamento. Somente no final deste século é que alguns estudos foram iniciados, após a curiosidade de Carl Thunberg e sua busca por substitutos do chá, pois os de origem chinesa possuíam elevado custo.

 

Desta forma, o Rooibos era e, ainda é, frequentemente consumido na África do Sul, porém não tinha muito valor até o século 20.  Mas atualmente é consumido em mais de 37 países, é a segunda infusão mais consumida, ficando atrás apenas da Camellia sinensis. 

 

A melhor época para a produção de Rooibos é entre o final de fevereiro e março. Necessitando de 18 meses para a poda das plantas. Depois, são cortados uniformemente e, em seguida, esmagados com rolos para iniciar o processo de fermentação. Após essa etapa, o Rooibos é umedecido e disposto em montes para promover a fermentação durante as horas seguintes (de 8 a 24h). É neste momento que ocorre a oxidação enzimática que vai gerar a alteração da cor verde do arbusto recém cortado para o vermelho acastanhado característico. E assim, ocorre o desenvolvimento do sabor e aroma adocicado do Rooibos. Ah! Mas depois disso, ele ainda sofre o processo de secagem ao sol.

 

O Rooibos começou a ganhar espaço na mídia, principalmente americana, devido às suas propriedades, como antioxidantes, digestivas e calmante natural. Além disso, destaca-se que é uma infusão naturalmente livre de cafeína, com baixo teor de taninos (sem a sensação adstringente na língua após a ingestão) e não atrapalha a absorção de ferro pelo organismo. Destaca-se entre os antioxidantes, a aspalatina, que previne o envelhecimento celular.

 

Por ser naturalmente livre de cafeína, é uma bebida utilizada para auxiliar no processo de relaxamento antes de dormir, proporcionando um sono mais aconchegante.

 

Esta tisana possui um sabor adocicado e delicado, proporcionando assim, uma bebida deliciosa tanto quente quanto fria/gelada, podendo ser consumida pura ou em blends (misturas) com frutas, aromas ou outras ervas.